quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Conheça um pouco mais sobre a cantora ADELE.


Mais Um pouco sobre a Vida de Adele
 
 
Entre os 16 e 18 anos, Adele Laurie Blue Adkins ganhava uns trocados como atendente de um café em Londres. O salário era péssimo, o trabalho era muito, só que o domingo trazia um alento: ouvir a parada de sucessos no rádio.— Eu trabalhava demais, mas foi a época mais divertida da minha vida — diz Adele, num trecho extraído da biografia "Adele" (Leya).
O livro, do jornalista inglês Chas Newkey-Burden, que se especializou em biografar celebridades (também escreveu sobre Amy Winehouse e Justin Bieber), chegou ao Brasil neste mês. E foi lançado na Inglaterra em outubro de 2011, um mês antes, portanto, da cirurgia a que a cantora se submeteu, nas cordas vocais.
15 milhões - Em pouco mais de 200 páginas, Newkey-Burden foca nos caminhos que, em cinco anos, levaram Adele do anonimato do balcão ao topo da música pop.


Seu segundo álbum, "21", foi líder de vendas em todo o mundo, com mais de 15 milhões de cópias. E, no próximo dia 12, ela disputa as seis principais categorias do Grammy.
A ascensão da cantora ofuscou a parafernália — marketing, publicidade, escândalo, moda e música — do fenômeno Lady Gaga que, a bordo de seu terceiro disco, "Born this way" (2011), atingiu apenas um terço das vendas de Adele. Para Newkey-Burden, o o sucesso da nova musa britânica se deve à mistura do soul de Amy Winehouse com a pegada pop de Gaga, mas numa linguagem própria.
"Com certeza, Adele traz elementos de Amy", diz o autor do livro. "Elas frequentaram a mesma escola, e a sonoridade é próxima, mas a diferença é que enquanto Amy viveu mais do que toda a tragédia que suas letras mostram, Adele deixa a tristeza nas canções e, no minuto seguinte já está se acabando de rir. Também há similaridades entre Adele e Lady Gaga, mas Gaga faria tudo para ser tão talentosa e não ter de inventar tantos truques para permanecer nas paradas".
Para o autor, a ausência de artifícios na carreira de Adele serviu para minar a típica fórmula das divas pop: corpos esculturais e insinuações sexuais misturadas a música. "A indústria quer impor o quanto elas devem pesar, como devem se vestir. Adele sofreu muita pressão para emagrecer e mudar a aparência, mas seguiu do jeito que é".
Nascida e criada entre Tottenham — bairro com a maior diversidade étnica de Londres — e o centro da capital inglesa, Adele estudou com garotos de todas as raças, credos e classes. Vestia-se como roqueira ao mesmo tempo em que sonhava com Lauryn Hill e em ser tão pop como as Spice Girls. Isso até começar a apreciar bandas indie como The Cure e ícones do jazz e do soul, como Etta James e Aretha Franklin, referências centrais de seu canto. Boa parte de suas músicas reflete experiências vividas entre a infância e o fim da adolescência. Para o autor, os relacionamentos frustrados que servem de inspiração aos seus hits estão ligados à ausente figura do pai, Mark Evans, que se separou da mãe de Adele quando ela tinha 4 anos. "A separação e a falta do pai, quando ele saiu de casa, estabeleceram cedo uma conexão com o sofrimento que os homens podem causar na vida das mulheres, um dos temas centrais da música dela".
Ao contrário de "19", em que muitos casos amorosos lhe serviram de inspiração, em "21" um único rompimento foi o suficiente para moldar boa parte das canções. Newkey-Burden descreve o trabalho como uma etapa de amadurecimento, resultado de um relacionamento que Adele teve com um homem mais velho e bem-sucedido (o autor não revela quem é), que a fez crescer intelectualmente e prestar atenção em assuntos que, antes, pouco lhe interessavam, como política e história, literatura e cinema, culinária e viagens. "Além de outras coisas para as quais eu nunca dei bola. Eu só pensava em sair e encher a cara", diz a cantora, num dos raros trechos em que a biografia revela uma face menos cor-de-rosa de sua vida.

É até esperado que biografias precoces já cheguem com data de validade vencida. No caso de Adele, assinada pelo jornalista especializado em celebridades Chas Newkey-Burden, a pressa em retratar a curta trajetória da cantora número 1 do momento não permitiu investigar um dos fatos mais relevantes na vida da britânica: a saúde de sua voz.

Um mito. Autor parece fascinado pela cantora de 23 anos

É sabido, e amplamente noticiado, que a jovem artista de 23 anos passou por uma cirurgia na garganta por conta de um pólipo benigno nas cordas vocais. Ela cancelou turnê, sumiu do mapa, virou especulação de jornais sensacionalistas. Até mais magra ficou, segundo relatos.

Ora, a possibilidade da perda ou comprometimento de seu principal instrumento de trabalho não deveria ser um tema obrigatório num livro deste porte? Aparentemente sim, mas não está lá. Há, no máximo, o princípio do problema (uma laringite) e a possível causa do mal: a combinação de cigarro e bebida alcoólica. Adele, diz a obra, é fã de vinho tinto.

"O risco real dos problemas com sua saúde tem sido muito exagerado", pondera o autor do livro em entrevista ao Estado. "O que é seguro dizer é que ela ficou extremamente assustada com a situação, passou a ver o mundo de outra maneira", completa ele.


Chas, que já escreveu as biografias de Amy Winehouse, Michael Jackson e Paris Hilton, poupa qualquer análise mais profunda sobre a cena pop atual. Como numa ficção, Adele é a protagonista quase única, tratada como uma verdadeira heroína. "Eu queria escrever sobre ela porque sou fascinado por pessoas realmente talentosas - e não há no momento cantores mais talentosos do que Adele. Além disso, fiquei interessado pelo fato de que ela é uma pessoa feliz, mesmo que suas canções sejam tristes", explica.

De fato, a Adele que conhecemos no livro parece formidável. Tem senso de humor, é companheira, apegada à família e amigos, além de não ligar para fama. Até com sua aparência rechonchuda ela é bem resolvida. É como se o principal trunfo desta história fosse o rompimento da lógica que costuma cultuar estrelas pop de corpo esbelto e produção esfuziante, da turma de Lady Gaga, Rihanna, Beyoncé e Katy Perry. O marketing associado à londrina é infalível: uma obra que é autêntica e autobiográfica. Curioso é perceber como alguns de seus principais ídolos sejam da seara, digamos, mais "comercial", como as Spice Girls.

Em poucos momentos vemos uma Adele disposta a fazer música como um exercício ou até como quem encara uma profissão. Tudo é fruto do turbilhão de sentimentos emergidos a partir de desencontros amorosos. Ô moça mais mal-amada! Cada rompimento, cada dor de amor, gerava um punhado de canções inspiradas. Seria, então, capaz de sobreviver musicalmente sem vivenciar o fim de mais uma paixão avassaladora?


"Eu acho que ela acredita nisso", argumenta o escritor inglês. "Mas, pessoalmente, vejo que Adele é capaz de escrever em qualquer situação", defende. Mesmo que o aspecto passional pareça prevalecer, a biografia dedica um capítulo - aliás, o melhor deles - ao lado menos intuitivo da produção da cantora: sua formação na Brit School. Fundada no começo dos anos 1990, a escola pública se especializou em moldar jovens talentos (de 14 a 19 anos) para o mundo das artes, em especial a música. A lista de celebridades que passou por lá é generosa e inclui nomes como Amy Winehouse, Leona Lewis, Katie Melua, Jessie J. e Kate Nash.

Adele, outra ex-aluna famosa, viu na instituição uma chance de se motivar para o estudo, mas não tinha planos traçados para virar uma estrela. "Eles nos ensinavam a ter mente aberta e éramos incentivados a escrever nossa própria música - e alguns de nós levávamos isso a sério; outros, não. Eu levei muito a sério", afirma a cantora no livro.

Para Chas, a Brit School dá certo por evitar uma linha elitista. "O segredo é que ela é pé no chão. Enquanto alguns alunos prosperam em um ambiente competitivo, outros precisam se sentir confortáveis. A Brit desenvolve o lado criativo, em vez de apenas o instinto ambicioso."


TRECHOS

Adele elogiou Amy Winehouse e o fato de ela ter liderado uma nova leva de cantoras da instituição de Croydon... Isso era o 'poder feminino' em ação. 'Acredito que Amy abriu o caminho para mim e para Duffy. Antes, apenas uma menina por ano aparecia na indústria, mas, agora, seis ou sete novas surgiram nos últimos anos: Amy, Duffy, Lily e Kate.'

"Ela explica que sempre manteve a questão da aparência em 2º plano... Adele venceu como uma mulher que gosta de se divertir e que só se lembraria desse assunto se ele atrapalhasse a sua alegria. '... Minhas amigas e eu comemos um prato cheio de macarrão se estivermos com fome... não nos importamos. Os meus amigos gays costumam se preocupar mais com peso'


Retorno aos palcos

Após quase quatro meses afastada dos palcos devido à uma cirurgia na garganta, o retorno de Adele já tem data marcada: 21 de fevereiro. A cantora britânica se apresentará na cerimônia do Brit Awards, em Londres, no qual concorre a três prêmios.


Apesar de confirmada no Brit Awards, não se sabe se Adele participará da cerimônia de entrega do Grammy, no dia 12 de fevereiro. A cantora concorrerá a seis estatuetas na premiação. As informações são do site da MTV americana.

 Depois, no dia 21, a cantora se apresenta em Londres, na O2 Arena, durante o Brit Awards.

A cantora divulgou estar feliz com sua volta aos palcos, principalmente depois de ter passado por uma cirurgia que tirou um pólipo benigno de suas cordas vocais e a obrigou a cancelar diversos shows em 2011.

Resta saber se a cantora desobedecerá as ordens médicas, que pediam que ela ficasse longe das turnês por pelo menos dois anos.


A cantora Adele, dona de alguns dos hits mais ouvidos de 2011, como Someone like you e Rooling in the deep.






 

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